Júlio Emílio Braz fala sobre o livro Qual é a minha tribo?
- catiamourao

- 27 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Dina, a protagonista, uma menina de treze anos, chega a esse universo inexplorado, onde todos, em algum momento de suas vidas, já desbravaram, mas que ainda guarda aquela aura de inexplorado, “audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve”, como dizia o bom e velho seriado de ficção científica de meus tempos adolescentes. Tudo é incerto, tudo é desconhecido, tudo é acima de tudo e ao mesmo tempo aceitação, contestação e transformação, e se eu for mais adiante, estragarei o prazer da leitura, que aos mais sensíveis (nada mais parecido com os jovens de hoje do que os jovens que fomos, e se você ainda se recorda desse período, será bem indulgente, nem duvide) ou os de mesma idade, se fará empática e não totalmente isenta de emoções igualmente intensas. Há muito tempo, a escritora austríaca Marie Von Ebner Eschenbach disse a propósito de nós mesmos e a vida que “Quando somos jovens aprendemos. Quando ficamos velhos entendemos”. Talvez, o que quer que eu pudesse ou fosse dizer sobre o assunto se transformasse em pálidas palavras, sem força diante das dela, mais poderosas no que tange recomendar a leitura deste livro para os jovens de hoje, mas, principalmente, para os de ontem, particularmente para aqueles que esqueceram que foram. A vida é bela. A vida é única. A vida é o prazer de vivê-la até o fim, não como se fosse durar para sempre, mas como se fosse possível acreditar que ela pudesse durar para sempre como só um jovem sabe fazer, tem disposição e fé suficiente para tal. Mas não acredite em mim. Leia o livro.
Boa leitura! Júlio Emílio Braz









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